
A Resolução CFP 06/2019 é uma regulamentação criada pelo Conselho Federal de Psicologia para padronizar e orientar a elaboração de documentos psicológicos, como laudos, pareceres, relatórios e atestados.
Seu objetivo é garantir que esses documentos sigam normas técnicas, científicas e éticas, assegurando a qualidade e a integridade das informações fornecidas pelos psicólogos.
A regulamentação dos documentos psicológicos é fundamental para proteger tanto os profissionais quanto os clientes.
Documentos bem elaborados e em conformidade com as normas evitam interpretações equivocadas, garantem maior clareza nas comunicações oficiais e respeitam a confidencialidade dos dados.
Além disso, ao seguir essas diretrizes, o psicólogo assegura a responsabilidade ética e legal do seu trabalho, prevenindo problemas futuros, como contestações judiciais ou sanções profissionais.
O objetivo deste guia é apresentar de forma clara e prática o que a Resolução CFP 06/2019 determina.
Aqui, você encontrará explicações detalhadas sobre cada tipo de documento, orientações sobre como redigi-los corretamente e exemplos que irão ajudar a aplicar as normas no seu dia a dia como psicólogo, facilitando a conformidade com as exigências do Conselho Federal de Psicologia.
Principais Documentos Regulamentados pela Resolução CFP 06/2019
Os documentos são instrumentos essenciais para registrar, formalizar e comunicar os resultados das avaliações e intervenções psicológicas, além de garantir a transparência e ética no trabalho do profissional. Abaixo, destacamos os principais documentos regulamentados pela resolução:
Laudos Psicológicos
O laudo psicológico é um documento formal que apresenta, de forma detalhada, os resultados de uma avaliação psicológica.
Ele contém uma análise criteriosa baseada em métodos e técnicas científicas e tem por objetivo fornecer informações importantes sobre o funcionamento psicológico de uma pessoa.
O laudo deve ser claro, objetivo e organizado, incluindo informações como o motivo da avaliação, os instrumentos utilizados e a interpretação dos resultados. Esse documento é utilizado em diversos contextos, como clínico, jurídico, escolar e organizacional.
Relatórios Psicológicos
Os relatórios psicológicos, assim como os laudos, também apresentam resultados de avaliações, mas de forma mais específica ou resumida, dependendo do objetivo.
Eles podem ser usados para descrever o progresso de um tratamento, registrar a evolução do paciente ao longo de sessões ou relatar conclusões baseadas em uma avaliação pontual.
Um exemplo comum é o relatório de acompanhamento terapêutico, que visa fornecer uma visão geral sobre o progresso do paciente no contexto clínico.
Pareceres Psicológicos
O parecer psicológico é um documento opinativo, no qual o psicólogo expõe suas conclusões e recomendações baseadas em uma situação ou avaliação psicológica já realizada.
Ao contrário dos laudos, os pareceres não exigem uma descrição detalhada dos procedimentos de avaliação, mas focam nas considerações e na opinião técnica do profissional a respeito de uma questão específica.
Esse documento é frequentemente solicitado em contextos jurídicos, escolares e organizacionais, onde a opinião especializada do psicólogo é necessária para a tomada de decisões.
Atestados Psicológicos
O atestado psicológico é um documento objetivo e conciso que confirma um fato ou estado psicológico, geralmente para justificar uma ausência ou aptidão em determinado contexto.
Por exemplo, ele pode ser emitido para comprovar que uma pessoa está apta para exercer determinadas funções ou, em casos clínicos, para atestar a necessidade de afastamento do trabalho por razões psicológicas.
Esse documento é prático e de uso imediato, servindo para validar uma condição ou recomendação do psicólogo.
Declarações Psicológicas
A declaração psicológica é um documento simples que tem como finalidade apenas informar algo específico, sem a necessidade de apresentar uma análise ou conclusão detalhada.
É comumente usada para confirmar a participação de uma pessoa em um processo terapêutico ou avaliação, sem emitir juízo sobre seu estado psicológico. A sua função é mais administrativa, servindo como uma confirmação de que um atendimento ou procedimento foi realizado.

Estrutura e Conteúdo dos Documentos Psicológicos
A Resolução CFP 06/2019 traz orientações claras sobre como os psicólogos devem elaborar documentos, garantindo que todos sigam um padrão ético e técnico. Abaixo, destacamos os requisitos básicos e a estrutura recomendada para os principais documentos psicológicos.
Requisitos básicos para todos os documentos
Todos os documentos psicológicos, independentemente do tipo, devem seguir alguns requisitos fundamentais:
- Identificação do psicólogo: Nome completo, número de inscrição no Conselho Regional de Psicologia (CRP) e assinatura.
- Finalidade do documento: Deixar claro o objetivo do documento, como avaliação psicológica, diagnóstico ou acompanhamento.
- Base científica: Todo documento deve ser embasado em teorias e práticas reconhecidas pela ciência psicológica.
- Clareza e objetividade: As informações devem ser apresentadas de forma acessível, evitando jargões técnicos desnecessários.
Estrutura recomendada para laudos e relatórios
Os laudos psicológicos são documentos mais detalhados e têm como objetivo apresentar uma avaliação completa sobre o paciente. A estrutura recomendada inclui:
- Identificação do paciente e do psicólogo.
- Objetivo do laudo: Explicar a razão pela qual o laudo foi solicitado.
- Descrição dos métodos utilizados: Testes psicológicos, entrevistas e observações.
- Análise e interpretação dos resultados: Discussão detalhada sobre os dados coletados.
- Conclusões: Baseadas na análise dos dados, oferecendo um panorama geral da avaliação.
- Recomendações: Sugestões para intervenções, tratamentos ou outras ações.
Os relatórios psicológicos, embora também detalhados, geralmente são mais curtos que os laudos. Eles seguem uma estrutura semelhante, mas com foco específico em eventos ou situações, como acompanhamento terapêutico ou evolução de um tratamento.
Como redigir pareceres psicológicos
Os pareceres psicológicos são documentos opinativos que têm como objetivo oferecer uma análise sobre uma questão específica, com base no conhecimento técnico do psicólogo. Para redigir um parecer, é essencial:
- Identificação do problema: Apresentar o motivo da consulta ou a questão a ser analisada.
- Referências teóricas: Explicar os conceitos e teorias psicológicas utilizados para fundamentar a análise.
- Conclusão e recomendação: O parecer deve concluir com uma opinião técnica e, se necessário, sugerir ações.
A importância de atestados claros e objetivos
Os atestados psicológicos têm como função atestar condições psíquicas ou situações específicas, como a necessidade de afastamento do trabalho por razões emocionais. A clareza e a objetividade são fundamentais nesses documentos, que devem conter:
- Motivo do atestado.
- Data de início e fim do afastamento (se aplicável).
- Assinatura e identificação do psicólogo.
3.5. Exemplo prático de cada tipo de documento
- Laudo psicológico: Avaliação completa de um paciente, descrevendo sintomas, diagnóstico e recomendando tratamento.
- Relatório psicológico: Acompanhamento de um paciente durante sessões terapêuticas, apontando progressos.
- Parecer psicológico: Opinião técnica sobre a necessidade de uma intervenção psicológica em uma criança em contexto escolar.
- Atestado psicológico: Documento simples atestando a necessidade de um funcionário se afastar por motivos psicológicos.
Diretrizes Éticas para a Elaboração de Documentos Psicológicos
A elaboração de documentos psicológicos é uma parte essencial da prática profissional do psicólogo.
Seja na forma de laudos, pareceres, relatórios ou atestados, esses documentos precisam seguir diretrizes éticas e técnicas estabelecidas pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo e pela Resolução CFP 06/2019.
Neste texto, vamos explorar as principais diretrizes éticas envolvidas na produção desses documentos.
4.1. O Código de Ética Profissional do Psicólogo e a Resolução CFP 06/2019
O Código de Ética Profissional do Psicólogo estabelece os princípios que guiam o trabalho do psicólogo, incluindo a elaboração de documentos.
De acordo com o código, o psicólogo deve sempre atuar com responsabilidade, garantindo que seus documentos sejam claros, precisos e baseados em dados fidedignos.
A Resolução CFP 06/2019 complementa essas diretrizes ao estabelecer normas específicas para a estrutura e conteúdo de documentos psicológicos, assegurando que eles sejam utilizados corretamente em diferentes contextos, como clínico, escolar e jurídico.
4.2. Sigilo e Confidencialidade nos Documentos Psicológicos
Um dos princípios fundamentais da ética profissional do psicólogo é o sigilo. Toda informação contida nos documentos psicológicos deve ser tratada com confidencialidade, respeitando a privacidade do cliente.
O psicólogo só pode compartilhar informações com o consentimento explícito do paciente ou em situações legalmente previstas, como em processos judiciais.
A Resolução CFP 06/2019 reforça a importância de garantir que informações sensíveis sejam protegidas, orientando que dados pessoais sejam tratados de forma segura, evitando qualquer exposição indevida.
4.3. Responsabilidade Técnica e Científica dos Documentos
O psicólogo tem a responsabilidade de assegurar que os documentos que elabora sejam fundamentados em bases técnicas e científicas adequadas.
Isso significa que todo laudo, parecer ou relatório deve ser baseado em métodos reconhecidos pela ciência psicológica e em dados obtidos por meio de técnicas confiáveis e validadas.
A Resolução CFP 06/2019 exige que os psicólogos descrevam claramente os procedimentos e instrumentos utilizados nas avaliações, garantindo a transparência e a validade dos resultados apresentados.
4.4. Como Evitar Erros Éticos e Técnicos nos Documentos
Para evitar erros éticos e técnicos na elaboração de documentos, o psicólogo deve seguir rigorosamente as normas estabelecidas pelo Código de Ética e pela Resolução CFP 06/2019.
Alguns dos erros mais comuns incluem a falta de clareza nas conclusões, a ausência de justificativas técnicas para as interpretações e a violação do sigilo profissional.
A melhor maneira de prevenir esses erros é garantir que os documentos sejam sempre revisados, que as informações sejam redigidas de forma objetiva e que os limites éticos sejam respeitados em todas as etapas da elaboração.
Além disso, é fundamental que o psicólogo se mantenha atualizado sobre as mudanças nas legislações e nas práticas profissionais.
Aplicação dos Documentos Psicológicos em Diferentes Contextos
Os documentos psicológicos são ferramentas essenciais no trabalho do psicólogo, sendo utilizados em diversos contextos para registrar avaliações, intervenções e resultados.
A Resolução CFP 06/2019 estabelece normas que garantem a qualidade e a responsabilidade desses documentos, assegurando que cumpram seu papel de forma ética e técnica.
Vamos explorar como esses documentos são aplicados em diferentes contextos profissionais.
5.1. Documentos Psicológicos no Contexto Clínico
No ambiente clínico, os documentos psicológicos mais comuns incluem laudos, relatórios e atestados. Eles são usados para registrar o processo terapêutico, o diagnóstico e o progresso do paciente.
O laudo psicológico, por exemplo, é emitido após uma avaliação detalhada e é fundamental para descrever o estado emocional e psicológico do paciente, assim como propor intervenções ou tratamentos.
Esses documentos devem ser claros, objetivos e conter apenas informações relevantes para o diagnóstico ou tratamento. Além disso, a confidencialidade é imprescindível, e o psicólogo deve garantir que os dados pessoais do paciente sejam protegidos.
5.2. Documentos no Ambiente Escolar
No contexto escolar, os documentos psicológicos têm um papel importante na identificação de dificuldades de aprendizagem, questões emocionais e comportamentais que possam afetar o desempenho acadêmico.
Relatórios psicológicos são frequentemente solicitados para orientar a equipe pedagógica sobre as melhores práticas para apoiar alunos com necessidades específicas.
Um relatório pode, por exemplo, descrever o perfil cognitivo de um aluno e propor intervenções pedagógicas adequadas. Esses documentos também podem ser usados em reuniões com os pais para discutir o desenvolvimento do aluno, sempre respeitando os princípios éticos de privacidade.
5.3. Relatórios e Pareceres em Contextos Jurídicos
Os documentos psicológicos são amplamente utilizados em processos judiciais, especialmente em áreas como guarda de filhos, avaliação de capacidade mental e perícias em casos de violência.
Nesse contexto, os relatórios e pareceres psicológicos são fundamentais para fornecer uma avaliação profissional que ajude o juiz a tomar decisões informadas. O psicólogo atua como perito, e seus documentos devem ser redigidos de forma clara e técnica, evitando opiniões subjetivas.
A isenção e a imparcialidade são cruciais, assim como a conformidade com as normas éticas estabelecidas pela Resolução CFP 06/2019.
5.4. A Utilização de Documentos Psicológicos em Empresas e Organizações
No ambiente corporativo, os psicólogos podem ser solicitados a emitir relatórios sobre o comportamento de funcionários, avaliações psicológicas para seleção de pessoal ou programas de qualidade de vida no trabalho.
Laudos psicológicos também são utilizados em exames admissionais e demissionais, garantindo que a saúde mental do colaborador seja avaliada adequadamente.
Além disso, pareceres sobre questões de estresse no trabalho ou dinâmicas de grupo podem ser importantes para o desenvolvimento organizacional. Assim como nos outros contextos, a precisão e a responsabilidade técnica são fundamentais.

Principais Alterações Introduzidas pela Resolução CFP 06/2019
A Resolução CFP 06/2019 trouxe importantes mudanças para a emissão de documentos psicológicos, estabelecendo novas diretrizes e reforçando a padronização dos documentos emitidos por psicólogos no Brasil.
Esses ajustes visam garantir maior clareza, precisão e conformidade com os princípios éticos da profissão. Vamos explorar as principais alterações em relação às resoluções anteriores, os novos requisitos para elaboração de documentos e as implicações legais para psicólogos que não seguem a resolução.
6.1. Mudanças em relação às resoluções anteriores
Antes da Resolução CFP 06/2019, os documentos psicológicos eram regidos por diferentes normativas e orientações dispersas, o que gerava certa confusão e falta de uniformidade.
Com a nova resolução, houve uma unificação das diretrizes sobre laudos, pareceres, relatórios e atestados psicológicos. Entre as mudanças mais significativas está a exigência de uma estrutura mais clara e objetiva nos documentos, padronizando a forma como as informações devem ser apresentadas.
Além disso, a resolução atual reforça a importância de o psicólogo fundamentar tecnicamente suas conclusões com base em instrumentos científicos validados.
Essa medida visa garantir que os documentos tenham consistência técnica e sigam os princípios éticos da profissão, evitando interpretações subjetivas ou não embasadas cientificamente.
6.2. Novos requisitos para elaboração de documentos
A Resolução CFP 06/2019 também trouxe novos requisitos que os psicólogos devem seguir ao elaborar documentos.
Um dos principais pontos é a necessidade de incluir informações específicas sobre o contexto em que o atendimento foi realizado, bem como os métodos e instrumentos utilizados na avaliação psicológica.
Isso inclui a descrição das técnicas e testes aplicados, assegurando que o documento seja tecnicamente justificado.
Outro aspecto importante é o cuidado com a linguagem utilizada nos documentos. A resolução determina que os documentos psicológicos sejam redigidos de maneira clara, objetiva e acessível ao público leigo, sem o uso excessivo de jargões técnicos.
Além disso, os documentos devem ser estruturados com coerência e conter todas as informações relevantes para o destinatário, respeitando sempre o sigilo e a confidencialidade dos dados do cliente.
6.3. Implicações legais para psicólogos que não seguem a resolução
O não cumprimento da Resolução CFP 06/2019 pode trazer sérias implicações legais para o psicólogo.
Documentos mal elaborados ou que não sigam os requisitos estabelecidos podem resultar em ações disciplinares por parte dos Conselhos Regionais de Psicologia (CRPs), além de comprometimentos legais em casos de processos judiciais.
A resolução estabelece que o psicólogo é responsável pela veracidade e precisão das informações contidas em seus documentos, o que significa que documentos que apresentem erros ou omissões podem ser considerados inadequados ou insuficientes.
Caso seja constatado que o profissional não seguiu as diretrizes da resolução, ele pode ser sujeito a sanções éticas e até mesmo à suspensão do seu exercício profissional.
Recursos Adicionais para a Resolução CFP 06/2019
A seguir, apresentamos algumas fontes de informação e formação que podem ser úteis para quem deseja aprofundar-se no tema.
10.1. Links para a Resolução CFP 06/2019 e Outros Documentos Legais
Para facilitar o acesso à Resolução CFP 06/2019, você pode consultar o site oficial do Conselho Federal de Psicologia (CFP), onde o documento está disponível na íntegra.
Além disso, é importante estar atento a outros documentos legais relacionados à prática profissional, como o Código de Ética do Psicólogo e resoluções anteriores, que podem complementar o entendimento das normas atuais.
- Resolução CFP 06/2019: Link Oficial CFP
- Código de Ética Profissional do Psicólogo: Link Oficial CFP
Esses links fornecem o material direto que regula o exercício da psicologia e oferece orientações detalhadas sobre a correta emissão de documentos.
10.2. Onde Encontrar Mais Informações sobre a Regulamentação dos Documentos Psicológicos
Além do próprio site do Conselho Federal de Psicologia, diversas fontes oferecem informações complementares sobre a regulamentação de documentos psicológicos.
Blogs, webinars e publicações especializadas também podem ser recursos valiosos. Alguns conselhos regionais de psicologia promovem eventos e publicam conteúdos explicativos sobre o tema, garantindo que os profissionais fiquem atualizados.
Outra excelente fonte de informação são os grupos de discussão e redes de apoio entre psicólogos. Participar de comunidades de psicólogos em redes sociais, como Facebook e LinkedIn, pode proporcionar troca de experiências e esclarecimento de dúvidas sobre a Resolução CFP 06/2019.
10.3. Cursos e Treinamentos Recomendados para Psicólogos sobre Documentação
Para garantir que os documentos psicológicos sejam redigidos de maneira correta e de acordo com as exigências do CFP, muitos psicólogos optam por fazer cursos ou treinamentos específicos.
Diversas instituições oferecem formações voltadas para a elaboração de documentos, seja presencialmente ou online.
Alguns exemplos incluem:
- Conselhos Regionais de Psicologia: Fique atento a eventos e cursos oferecidos pelos conselhos regionais, que geralmente oferecem formações sobre temas como laudos, relatórios e pareceres psicológicos.
- Plataformas de cursos online: Eu por exemplo tenho um kit de documentos psicológicos, e e tenho uma amiga que oferece um cursos prático sobre documentação psicológica, especialmente voltados para a Resolução CFP 06/2019.

Investir em cursos voltados para a criação de documentos de acordo com as diretrizes do CFP não só ajuda a evitar erros, mas também agrega valor à prática profissional, garantindo mais qualidade e segurança no atendimento aos pacientes.